Ia, Razzante: "É uma aposta decisiva para o país, as instituições devem envolver mais os cidadãos"

O discurso no Festival del lavoro 2025

"São necessários recursos, financiamento, governança esclarecida, muita cultura digital, códigos de ética que regulamentem o uso da inteligência artificial para profissões individuais e muita formação nas escolas e universidades para desenvolver a cultura da inteligência artificial, democratizar o debate e envolver todos os cidadãos nessa transformação digital, não apenas do ponto de vista dos usos concretos da IA, mas também do conhecimento aprofundado dela. Esta é uma aposta democrática, não é uma aposta para quem está por dentro; é importante que as instituições envolvam mais os cidadãos nessa aposta decisiva para o futuro do país." É o que afirma Ruben Razzante, professor de Direito da Informação na Università Cattolica del Sacro Cuore de Milão e na Lumsa de Roma, e autor do livro "L'Algoritmo dell'uguaglianza", à margem de sua intervenção na décima sexta edição do Festival del Lavoro, em andamento no Magazzini del Cotone, em Gênova, sobre a relação entre empresas, trabalho e IA.

"O objetivo de treinar" algoritmos para combater a discriminação "está contido em uma emenda que apresentamos como comissão extraordinária antiódio presidida no Senado pela senadora vitalícia Liliana Segre, porque acreditamos que treinar algoritmos é essencial para evitar distorções, para combater a discriminação, para derrotar os preconceitos que inevitavelmente existem na inteligência artificial e que são a amplificação de preconceitos que existem na vida real".

“Por isso, no projeto de lei em tramitação na Câmara, já aprovado no Senado, esperamos que a nossa proposta possa ser acolhida, o que exigiria que os construtores de soluções de inteligência artificial também se debruçassem sobre esse problema, como regular o uso da inteligência artificial respeitando a obrigação de treinar os algoritmos e, portanto, proteger a pessoa da discriminação”, sublinhou.